A corrida armamentista predador presa entre serpentes e mamíferos na América do Sul: uma revisão do conhecimento e metodologias para estudo da resistência de marsupiais Didelphidae (Didelphimorphia) ao veneno de jararaca
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Butantan affiliation
Publication type
Academic monograph
Language
Portuguese
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Abstract
This work comprises a bibliographical review on the resistance to snake venom of the Bothrops complex of wild small mammal species, especially the Didelphini family, which constitute prey and predators of these snakes, and the description of methodologies that I learned as part of my training for power to continue the project in graduate school. The venom of snakes has numerous components that present various toxic activities in the body of their prey. Despite this, some mammals have developed resistance to these factors. This resistance arose because of a coevolutionary arms race in which both participants develop mechanisms of reciprocal adaptations to continue to survive in this interaction. With the techniques of capturing individuals of interest and using the platelet aggregation test, it was possible to evaluate the action of von Willebrand factor present in the plasma of these animals, collecting botrocetin and aspercetin data from the venom of Bothrops jararaca and Bothrops asper. The platelet aggregation test using platelet-rich plasma (PRP) of 3 individuals of black-ear possum (Didelphis aurita), allowed to observe that there was no aggregation of plasma platelets in the presence of botrocetin and aspercetin. The results suggest that D. aurita may exhibit amino acid substitutions in a region of vWF, causing botrocetin and aspercetin to fail to bind and activate the coagulation cascade, as previously described in the literature in Didelphis. In this way, it is possible to obtain more knowledge about the concept of coevolutionary arms race between predators and prey in species of small South American mammals.
Abstract in Portuguese
Este trabalho compreende em uma revisão bibliográfica sobre a resistência ao
veneno de serpentes do complexo Bothrops de espécies de pequenos
mamíferos silvestres, especialmente da família Didelphini que constituem presas
e predadores destas serpentes, e a descrição de metodologias que aprendi como
parte do meu trinamento para poder dar continuidade ao projeto na pós-
graduação. O veneno das serpentes possui inúmeros componentes que
apresentam diversas atividades tóxicas no organismo de suas presas. Apesar
disso, alguns mamíferos desenvolveram resistência a esses fatores. Essa
resistência surgiu por conta de uma corrida armamentista coevolutiva na qual
ambos os participantes desenvolvem mecanismos de adaptações recíprocas
para continuarem a sobreviver nessa interação. Com as técnicas de captura dos
indivíduos de interesse e utilizando o teste de agregação de plaquetas, foi
possível avaliar a ação do fator de von Willebrand presente no plasma desses
animais, recolhendo dados de botrocetina e aspercetina a partir do veneno de
Bothrops jararaca e Bothrops asper. O tesde de agregação plaquetária utilizando
plasma rico em plaquetas (PRP) de 3 indivíduos de gambá-de-orelha-preta
(Didelphis aurita), permitiu observar que não houve a agregação das plaquetas
do plasma na presença de botrocetina e aspercetina. Os resultados obtidos
sugerem que D. aurita possa apresentar substituições de aminoácidos em uma
região do vWF, fazendo com que a botrocetina e a aspercetina não consigam se
ligar e ativar a cascata de coagulação, como já descrito antes na literatura em
Didelphis. Dessa forma, é possível obter maior conhecimento sobre o conceito
de corrida armamentista coevolucionária entre predadores e presas em espécies
de pequenos mamíferos sul-americanos.
Link to cite this reference
https://repositorio.butantan.gov.br/handle/butantan/3835
Keywords
Issue Date
2019
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