Taxa de crescimento da serpente Bothrops fonsecai: dados comparativos entre o cativeiro e a vida livre.

Dentre as serpentes de maior importância médica no Brasil destacam-se as do gênero Bothrops da família Viperidae. Por conta do alto índice de mortalidade causado pela peçonha destes animais, faz-se importante mantê-las e reproduzi-las em biotérios tanto para extração de veneno para fabricação de soro, quanto para fins de pesquisa. Neste trabalho foi realizado um levantamento de dados de serpentes do gênero Bothrops fonsecai criadas em cativeiro e as comparando com serpentes vindas diretamente da natureza (serpentes de vida livre) para assim tentar, compreender e identificar se suas características físicas se encaixavam e eram similares, sabe-se através da literatura que fêmeas deste gênero apresentam um tamanho maior do que os machos por conta do dimorfismo sexual. No presente estudo conseguimos identificar que a serpentes do sexo feminino apresentavam características similares tanto de vida livre quanto criadas em cativeiro, em contrapartida, os machos criados em cativeiro apresentaram massa corporal menor em comparação a serpentes de vida livre do mesmo comprimento. Embora não seja possível saber a idade exata destes animais vindos de fora, podemos ter uma certa ideia para fazer as comparações. Manter esses animais em biotérios não é uma tarefa fácil pelo alto risco que os profissionais correm de serem envenenados, e também como as serpentes vem de diferentes localidades e diferentes climas o objetivo central é sempre possuir um local com instalações no qual o animal sinta-se confortável que possa reproduzir e se alimentar, tendo condições adequadas para viver com menos estresse possível. Procuramos identificar então se o trabalho feito no laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan fornece as serpentes condições semelhantes com as que teriam na natureza.