Caracterização estrutural e funcional de uma metaloproteinase de classe P-I do veneno de Lachesis muta rhombeata
Autor
Orientador
Afiliação Butantan
Tipo de documento
Doctoral thesis
Idioma
Portuguese
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Resumo em inglês
Rhomb-I, a 23-kDa metalloproteinase was isolated from L. m. rhombeata venom. Its
dimethylcasein proteolysis was abolished by metal chelators, and slightly enhanced by
Ca2+ and Mg2+ ions, but inhibited by Co2+
, Zn2+ and α2-macroglobulin. In aqueous
solution, rhomb-I autoproteolyzed to a 20- and 11-kDa fragments at 37 oC. The amino
acid sequence showed high homology with other SVMPs. Rhomb-I causes
hemorrhage that may be ascribed to hydrolysis of essential BM, ECM and plasma
proteins. It preferentially cleaves the α-chains of fibrin(ogen). Rhomb-I inhibited
convulxin- and vWF-induced aggregation on human platelets without significant effect
on collagen-stimulated aggregation or other effectors. It digests vWF into a low-
molecular-mass multimers of vWF and a rvWF-A1 domain to a 27-kDa fragment as
revealed by western blotting with mouse anti-rvWF A1-domain IgG. Incubation of
platelets with rhomb-I resulted in adhesion to and cleavage of platelet receptors GPIbα
and GPVI to release a 130-kDa and 55-kDa soluble form. Both membrane
glycoproteins, GPIbα that binds vWF, together with GPVI which binds collagen, play a
key role in mediating platelet adhesion/activation and can initiate (patho)physiological
thrombus formation. Conclusions: rhomb-I is implicated in the pathophysiology of
Lachesis envenoming by disrupting vasculature, hemostasis and platelet aggregation
through impairing vWF-GPIb axis and blocking GPVI-collagen binding.
Resumo
Rhomb-I, uma metaloproteinase de 23 kDa foi isolada do veneno de L. m. rhombata.
Sua ação proteolítica sobre dimetilcaseína foi inibida por α2-macroglobulina,
quelantes de metais e por cátions Co2+ e Zn2+ e levemente estimulada por Ca2+ e Mg2+
.
Em solução aquosa a 37 oC, rhomb-I sofreu autoproteólise gerando fragmentos de
aproximadamente 20 e 11 kDa. A sequência de aminoácidos apresentou alta
similaridade com outras SVMPs P-I. Rhomb-I causa hemorragia que pode ser
atribuída à hidrólise de proteínas da membrana basal, da matriz extracelular e
proteínas plasmáticas. Rhomb-I cliva, preferencialmente, as cadeias Aα da fibrina e
do fibrinogênio. Rhomb-I inibiu a agregação induzida por convulxina e pelo fator de
von Willebrand (vWF) em plaquetas humanas, sem efeito significativo na agregação
estimulada por colágeno ou outros agonistas. Ela digere vWF em multímeros de
massas moleculares menores bem como o domínio A1 recombinante de vWF (rvWF-
A1) gerando um fragmento de aproximadamente 27 kDa, conforme evidenciado por
western blot com IgG anti-rvWF-A1, produzido em camundongos. Após incubar
plaquetas lavadas com rhomb-I, foi possível observar por western blot que a proteína
liga e cliva as glicoproteínas de plaquetas GPIb e GPVI, liberando as formas solúveis
de 130 kDa e 55 kDa, respectivamente. Ambas glicoproteínas, GPIbα que se liga ao
vWF, e GPVI que se liga ao colágeno, desempenham um papel fundamental na
mediação da adesão/ativação plaquetária e podem iniciar a formação fisiológica ou
patológica de trombos. Conclusões: Rhomb-I é uma metaloproteinase classe P-I,
hemorrágica, fibrino(geno)lítica que degrada proteínas da matriz extracelular e
interfere na função plaquetária pela clivagem de vWF, GPIb e GPVI. Estes resultados
indicam que rhomb-I pode estar envolvida na fisiopatologia do envenenamento por
Lachesis, perturbando a hemostasia e agregação plaquetária e causando danos à
vasculatura.
URL permanente para citação desta referência
https://repositorio.butantan.gov.br/handle/butantan/5205
Palavra-chave
Linha de pesquisa
Agência de fomento
Data de publicação
2023
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