Efeito da migalina sobre a resposta inflamatória na linhagem fagocítica J774
Autor
Orientador
Afiliação Butantan
Tipo de documento
Academic monograph
Idioma
Portuguese
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Resumo
Produtos das mais diversas origens estão sendo testados para melhorar a atividade de
diversos antibióticos e a resposta imune contra vários patógenos. Os macrófagos são
células da resposta imune inata, que respondem a ativações via os diversos receptores
presentes na sua superfície. São fundamentais no processo inflamatório, para orientar a
resposta imune adaptativa e no desenvolvimento da patogênese de algumas doenças,
podendo assumir papel de ativador ou inibidor da patologia, dependendo da natureza da
ativação. Os receptores Toll são fundamentais no reconhecimento das moléculas associadas
aos patógenos (PAMPs), pois ativam os macrófagos e a resposta imune inata. Além destes
receptores estas células possuem vários outros de superfície para integrinas, selectinas e
manose. O equilíbrio entre mediadores pró e anti-inflamatórios é essencial para o
organismo, contribuindo para o desenvolvimento do processo inflamatório, reparação
tecidual e resposta imune adequada. Durante a resposta inflamatória os macrófagos
ativados potenciam a resposta imune adquirida devido ao aumento da expressão de
moléculas coestimuladoras, liberação de citocinas pro-inflamatórias (IL-1, IL-6, IL-12,
TNF-α e quimiocinas), além de produzir espécies reativas do oxigênio e intermediários do
nitrogênio, ou moléculas anti-inflamatórias principalmente IL-10. O NO e IL-12 são
induzidos especialmente pela ativação dos TLRs em reposta a PAMPs e IFN-ɤ. A Migalina
é uma acilpoliamina sintética, análoga da poliamina espermidina, originária de hemócitos
da aranha Acanthoscurria gomesiana. Esta molécula possui comprovada atividade
microbicida, porém seu papel imunomodulador é desconhecido. Neste estudo
investigaremos em modelo in vitro o caráter imunomodulador da Migalina usando células
da linhagem J774 frente à estimulação com agonista de TLR2, TLR4, e IFN-ɤ além de
Concanavalina (ConA). Nossos resultados mostraram que a Migalina não induziu produção
de NO e IL-12p40, suprimiu a síntese de NO em células estimuladas com Zymosan, LPS+
IFN-γ, aumentou de maneira dose dependente a produção de IL-12p40 em macrófagos
ativados com Zymosan e aumentou a produção de NO em células estimuladas com IFN-γ.
Estudos adicionais serão realizados a fim de elucidar os efeitos da Migalina sobre outros
agonistas de toll-like e outros tipos de receptores, considerando que ela pode exercer
diferentes ações sobre os mediadores imunes.
URL permanente para citação desta referência
https://repositorio.butantan.gov.br/handle/butantan/3761
Palavra-chave
Agência de fomento
Data de publicação
2020
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